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Tecidos tecnológicos e sustentabilidade sempre andam juntos?

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Victor Pacheco

|

22/11/2022

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Mais do que uma expressão estética, a moda também fala muito sobre o lugar para onde a sociedade está caminhando. Atualmente, cuidar do meio ambiente não é só uma atitude secundária ao nosso estilo de vida: trata-se de um compromisso com o futuro do planeta e com o bem-estar das próximas gerações.

 

E de que maneira os chamados tecidos tecnológicos entram nessa história? Muito mais do que você imagina! Explicamos, a seguir, o que é esse segmento de tecidos usados no setor da moda. Além disso, veremos quais são os seus diferenciais diante dos tecidos tradicionais e por que eles podem ser aliados ao meio ambiente, propiciando mais sustentabilidade ao seu dia a dia. Vale a reflexão!

O que são tecidos tecnológicos?

Um tecido tecnológico nada mais é do que a mistura de fibras naturais com fibras sintéticas. Sua função é aprimorar a qualidade do tecido que compõe a roupa em questão (seja ela uma camiseta, uma calça, um blusão etc.).

 

A chegada dos tecidos tecnológicos à indústria da moda aconteceu ainda na década de 1970, com o surgimento da chamada microfibra – uma fibra sintética extremamente fina e resistente, que se mostrou muito superior ao poliéster.

 

Tecidos tecnológicos são muito usados, atualmente, para fins estéticos, mas também pela praticidade que trazem ao dia a dia. A qualidade superior do tecido confere à roupa atributos como proteção UV, tecnologia antiodor e antissuor. Outro benefício é um toque mais macio, além de ser mais difícil de amassar.

Categorias de tecidos tecnológicos

Atualmente, existem diferentes categorias de tecidos tecnológicos. Eles são capazes de responder a diferentes estímulos do meio ambiente e proporcionar benefícios ao dia a dia de quem os usa – proteção UV e antibacteriana, entre outras vantagens. Confira a seguir os tipos desses tecidos:

  • tecidos passivos: costumam apenas absorver estímulos externos do ambiente através de sensores. Entre os benefícios mais comuns, destaca-se a proteção contra raios UV;
  • tecidos ativos: além dos sensores de proteção aos agentes externos, esse tecido também possui uma “memória” incorporada a ele para resistir a intempéries como água e temperatura;
  • tecidos ultrainteligentes: das três categorias, é a mais avançada. Possui uma tecnologia similar à de um microcomputador embutido, que possibilita ações como a evaporação mais rápida do suor. É o caso de roupas espaciais e peças esportivas.

Tecidos tecnológicos e sustentabilidade: é possível?

Como dito, uma das vantagens dos tecidos tecnológicos está, justamente, no fato de eles não amassarem, serem antiodor e antissor. Isso é extremamente benéfico para o meio ambiente, uma vez que torna uma camiseta tecnológica, por exemplo, reutilizável e sem a necessidade de lavá-la ou passá-la a ferro.

 

Em média, uma máquina de lavar roupa de 5 kg gasta 135 litros de água a cada uso, segundo a Sabesp. Por isso, a recomendação é usar o eletrodoméstico no máximo três vezes por semana – e, claro, quanto menos, melhor.

 

Já o uso do ferro de passar consome 12 kwh/mês – mas pode ser muito reduzido quando uma roupa não precisa ser alisada rotineiramente. Ou seja: a escolha por tecidos tecnológicos no dia a dia pode ser, sim, uma decisão bastante sustentável e ecológica.

 

Os tecidos tecnológicos ajudam a diminuir o consumo diário e mensal de água, assim como o de energia. Sem falar no consumo de outros produtos, como sabões, detergentes, amaciantes e demais itens que fazem parte da rotina de limpeza da roupa, podendo ser dispensados por ela ser reutilizável. Vale a pena tentar, não?

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