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Saiba como o ChatGPT está sendo usado na área de saúde para otimizar diagnósticos
Com o avanço da tecnologia nos últimos anos, muito se fala sobre o uso da Inteligência Artificial (IA) na área da saúde. As novas tecnologias têm impactado o segmento, inclusive no setor de saúde mental, prestando uma ajuda crucial para diagnósticos e tratamentos.
Pelo ChatGPT, por exemplo, é possível entender para que serve fluoxetina e outros tipos de antidepressivo. Assim, especialistas acreditam que a inteligência artificial é uma grande aliada de psicólogos e psiquiatras para otimizar o diagnóstico e tratamento de doenças mentais, como a depressão e a ansiedade.
Recentemente, viralizou um relato de uma mãe norte-americana que contou ter conseguido o diagnóstico da doença rara do filho com ajuda do ChatGPT e de um grupo no Facebook. Até então, o filho de Courtney passou por 17 médicos em 3 anos e recebeu os mais diversos diagnósticos sem sucesso.
Ao longo desse período, Courtney dava ibuprofeno, anti-inflamatório e analgésico para amenizar as dores do filho. Durante esse tempo, a criança sofria com recorrentes dores de cabeça, cansaço constante e acessos de raiva.
Intrigada e preocupada com o filho, Courtney fez uma consulta ao ChatGPT e a ferramenta sugeriu como diagnóstico a condição de síndrome de medula ancorada. Essa condição é bastante rara e se caracteriza como uma deficiência neurológica em que a medula espinhal está amarrada aos tecidos da coluna vertebral e se move para acompanhar o alongamento da coluna à medida que a pessoa cresce. Isso faz com que a coluna não se feche por completo.
Entre os sintomas, Courtney notou semelhanças com os do filho. A síndrome de medula ancorada causa dores cada vez mais intensas. Após a sugestão do ChatGPT, a mãe buscou mais informações sobre a doença e encontrou um grupo no Facebook composto por mães e famílias que tinham crianças com essa mesma condição de saúde.
Após ler as histórias, Courtney também descobriu que a maioria dos pacientes tinham dificuldade para receber o diagnóstico da doença. Com todas essas informações, Courtney procurou um neurocirurgião, que realizou novos exames e confirmou o diagnóstico.
A atuação da IA na área de psicologia e psiquiatria não começa no ChatGPT. Ainda em 1964, o psicólogo norte-americano Carl Rogers criou um sistema de IA batizado de Eliza, que chegou a realizar muitas consultas na época. Essa iniciativa foi revolucionária e chegou a inspirar diversos filmes de ficção científica.
Hoje em dia, a IA é vista como uma ferramenta aliada de profissionais médicos, mas nem de longe é recomendada para substituí-los. Mesmo que muitos influenciadores digitais digam ter trocado a terapia com psicólogo pelo ChatGPT, a ferramenta é vista como uma aliada para ajudar a aumentar a precisão e a rapidez de diagnósticos dos pacientes.
Dessa forma, assim como no caso de Courtney, o ChatGPT pode ajudar a gerar insights para acelerar a obtenção de diagnóstico, mas ainda é preciso que a doença seja clinicamente confirmada por médicos especialistas. No Brasil, há uma startup, a Munai, que busca desenvolver o “ChatGPT dos Hospitais” com o intuito de ser uma ferramenta que auxilie médicos com a ajuda de diagnósticos e a prescrição de antibióticos.
Por outro lado, existem outras pesquisas com a ferramenta que mostram falhas no diagnóstico e no tratamento em casos de câncer, por exemplo. Há ainda relatos de que a ferramenta pode ser “perigosa” pela possibilidade de gerar alucinações e sugerir diagnósticos de doenças que não existem.
No momento, o que se pode afirmar é que é preciso entender o ChatGPT como possível aliado em determinados casos, mas a tendência é que a ferramenta se torne referência na área de saúde nos próximos anos.
São Paulo
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