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Saiba como melhorar a comunicação entre médico e paciente pode aumentar a adesão ao tratamento
A comunicação é importante em todas as áreas da vida, principalmente quando se trata de questões relacionadas à saúde. Por isso, a comunicação assertiva entre médico e paciente é tão importante.
O Conselho Federal de Medicina veda ao médico deixar de informar de forma clara sobre o tratamento, seus objetivos, diagnóstico, prognóstico e os riscos. E os estudantes de medicina já são orientados desde muito cedo em relação às normas de sua profissão, até mesmo antes da prova de residência médica.
O médico tem, portanto, o dever de informar entre os seus muitos requisitos. Mesmo que o tratamento apresente riscos, é importante manter a linha de comunicação clara, pois um erro em alguns tratamentos por falta de informação pode resultar em consequências graves.
Culturalmente, a relação entre médico e paciente se estabeleceu como uma relação vertical, onde as ações do médico não eram questionadas. No entanto, esse cenário vem mudando e hoje a medicina compartilhada prioriza tomar decisões com o paciente.
A Recomendação do Conselho Federal de Medicina 1/2016 coloca na mão do médico a responsabilidade de desenvolver com o paciente uma relação que leva em conta a maneira de pensar do enfermo, de forma mais igualitária.
Sendo assim, em um tratamento médico é preciso ter respeito pelo princípio da autonomia do paciente, de modo que as intervenções e caminhos terapêuticos sejam sugeridos a fim do paciente decidir se vai aceitar ou não.
Depois de escutar todos os esclarecimentos médicos, o paciente pode se manifestar e decidir qual seu desejo diante do tratamento. Em alguns casos, o médico vai elaborar um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que vai ser assinado pelo paciente. Esse termo pressupõe que houve uma comunicação efetiva entre ambas as partes.
Quanto mais bem informado o paciente, maior a chance de sucesso do tratamento e maior a possibilidade de cura. Infelizmente, ainda existem muitos erros de comunicação entre médicos e pacientes, devido a vários fatores, como:
Em alguns lugares, principalmente na rede pública, os prontuários são de papel e o tempo de consulta é reduzido, já que são muitos pacientes para serem atendidos. O médico muitas vezes passa mais tempo preenchendo informações e isso reduz a escuta ativa.
Muitos médicos não realizam sequer uma anamnese adequada, nem chegam a tocar no paciente e a consulta é muito rápida. Muitas vezes, o paciente sai sem resolver todas as suas dúvidas e acaba abandonando o tratamento.
Muitos médicos usam uma linguagem muito técnica ainda, com palavras que fazem parte do seu universo, como: edema, arritmia, cefaleia e outras. Essas palavras não são conhecidas por grande parte da população. Por isso, muitos não entendem o que o médico quis dizer ao dar o diagnóstico.
Como o paciente não conhece os jargões médicos, ele acaba deixando de cumprir orientações importantes para seu tratamento. Por isso, usar uma linguagem simples na hora de conversar com os pacientes é fundamental para esclarecer pontos importantes e ajudar o doente a ter sucesso no tratamento.
A maior parte dos pacientes saem do consultório cheios de dúvidas e prontos para encontrar a resposta no Google. Mas o fato é que nem sempre a informação é confiável ou existente no mecanismo de busca.
Essa falha no atendimento gera incerteza sobre a terapia e pode levar o doente a recorrer a tratamentos alternativos e a interromper o tratamento médico. Por isso, é importante que o médico se mostre disponível e acessível para tirar todas as dúvidas do paciente no consultório e fornecer informações claras e com linguagem simplificada.
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